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domingo, 7 de setembro de 2014

O que é a condromalácia patelar?





Aquela dor interna constante no joelho que torna o simples fato de ficar em pé ou com joelho flexionado por algum tempo, uma dor pior ainda. Mas o que é a condromalacia patelar? Será que posso continuar a treinar?


Sabe aquela dorzinha interna ou incômodo no joelho acompanhados ou não de trepidações e estalos que aparecem quando você corre, sobe escada ou faz agachamentos? Se você sente algum desses sintomas, é bom ir ao médico: você pode estar com síndrome patelo-femoral ou condromalacia patelar.


Essa síndrome nada mais é do que o amolecimento da cartilagem que fica entre o fêmur e a patela, devido a um desvio patelar, a um desequilíbrio muscular, algum movimento excessivo ou trauma(s).

O osso patelar desalinha e começa a fazer um novo “trajeto” o que provoca o amolecimento da cartilagem.

A cartilagem nessa região tem como função de não permitir atrito entre os ossos. Porém, como a cartilagem tem poucos vasos (o que dificulta sua regeneração) e não é inervada, você não sentirá dor quando começar seu desgaste. Você só irá perceber que algo está errado quando a cartilagem amolecer (primeira fase da síndrome) e com um possível aparecimento de edema.


Condromalacia patelar e as mulheres

Essa síndrome é mais comum em mulheres, por fatores fisiológicos e culturais. Alguns estudos mostram que as mulheres tem um certo atraso quando comparado aos homens para o recrutamento de grupos musculares. Isso quer dizer que se ambos saltarem, o impacto sofrido nas articulações femininas (principalmente nos joelhos) no momento da aterrissagem, será maior, provocando muitas vezes movimentos não corretos como a rotação dos joelhos para dentro.


Mulheres com quadril mais largo maior risco de ter essa lesão.

O tendão do quadríceps da coxa junto com o ligamento patelar formam um ângulo, denominado Angulo Q, esse ângulo fica em torno de 12º para os homens e 15º para as mulheres.

Ângulos maiores que 20º tem forte tendências a síndrome patelar.

Como vocês viram, o ângulo Q das mulheres é maior, isso por que seu quadril é mais largo do que o dos homens, o que as coloca, mais uma vez, com mais chances de sofrer de condromalacia.

O salto alto se torna um grande vilão, especialmente quando tem mais de três centímetros já que empurra a gravidade do corpo para frente. Esta inclinação obriga o peso do corpo a ficar concentrado nos joelhos. Ok, ok mulherada, vocês não vão descer do salto alto. Apenas evitem ficar em pé com eles por muito tempo e caso haja necessidade de ficar em pé por seguidas horas, usem um calçado com menos de 3 cm de salto.

Outras razões para desenvolver a síndrome são os hábitos de sentar em cima da(s) perna(s) com o(s) joelho(s) hiperflexionado(s) (costume mais comum entre mulheres) e até o tipo de pisada: pisadas pronadas também são suscetíveis a esse tipo de lesão.
Prevenção e o tratamento

Para prevenir e ajudar no tratamento para condromalacia patelar é preciso:

- Treinar técnicas de movimentos: principalmente se seu esporte contiver corridas e saltos, aprimorar as técnicas de ambos os movimentos é fundamental para um joelho saudável;

- Alongar: alongamentos evitam encurtamentos musculares e melhoram o equilíbrio muscular;

- Fazer exercícios para o fortalecimento: se você é daqueles que fogem do treino de pernas mas adora jogar futebol de fim de semana, saiba que você está no grupo de risco. Fortalecer a musculatura das pernas, diminuí a pressão do joelho e aumenta a resposta muscular;

- Praticar exercícios funcionais: são ótimos para promover o equilíbrio muscular, criar melhor percepção do movimento e fortalecer as articulações.

Para iniciar o tratamento, primeiro consulte seu médico. Ele diagnosticará o nível da síndrome e lhe orientará. Treinar é importante e deve fazer parte do seu tratamento. Algumas dicas para lhe ajudar na recuperação:

- Evite movimentos cíclicos e de impacto sobre os joelhos (corridas, aulas de jump, bike indoor) muitas vezes proibidos pelo médico no começo do tratamento. O ideal e mais indicado são atividades aquáticas;

- Perda de peso é indicada para quem estiver acima do peso, para evitar sobrecarga no joelho;

- Trabalho de força e hipertrofia de quadríceps: ideais são os exercícios isométricos (sem movimento articular), ou com baixo movimento articular, porém deve-se saber em que grau encontra-se a lesão;

- Exercícios como o agachamento, devem ser feitos devagar e com total controle e atenção ao movimento;

- Pilates e exercícios proprioceptivos são indicados, mas lembre-se de informar o professor do seu problema.

Fica claro que o tratamento para condromalacia é o treino. Se o grau da lesão evoluir, o tratamento passar a ser cirúrgico e a dor de cabeça só aumenta.

Resumindo;


É uma patologia cronica degenrativa da cartilagem da articulação da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais, gerando desconforto e dor em torno ou atrás da patela. Essa condição também é conhecida como síndrome da dor patelo-fermural ou joelho de corredor.

O termo condromalácia patelar descreve um joelho estruturalmente lesado, enquanto que síndrome da dor patelo-femural diz respeito aos estágios iniciais da patologia, período no qual o quadro ainda pode ser revertido. Entretanto as alterações resultantes de reações inflamatórias internas da cartilagem geram uma destruição estrutural de tratamento mais complicado.
A exata causa da condromalácia patelar ainda não foi elucidada, mas existem hipóteses de que sua etiologia esteja relacionada com fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos, que levam ao enfraquecimento e amolecimento da cartilagem. O fator mais comum é o traumatismo, tanto crônico (por fricção crônica entre a patela e o sulco patelar do fêmur), ou por um trauma único, como uma pancada, e também, pode ser resultante de uma lesão aguda da cartilagem femoropatelar, causando uma nutrição inadequada da estrutura em questão devido a fissuras produzidas.

Esta patologia é classificada em quatro níveis.

Grau I: amolecimento da cartilagem e edemas.
Grau II: fragmentação da cartilagem ou rachaduras com diâmetro inferior a 1,3 cm de diâmetro.
Grau III: fragmentação ou rachaduras com diâmetro superior a 1,3 cm de diâmetro.
Grau IIII: erosão ou perda total da cartilagem da articulação em questão, com exposição do osso subcondral.

Através da ressonância magnética solicitada por seu ortopedista,pode-se obter com maior precisão o diagnóstico
Procure um médico ortopedista para maiores informações.
Para dicas de treino específico,depois de permitidos e ou liberados por seu ortopedista procure um profissional de educação física.



    Fortaleza-Ce






Fonte:http://horadotreino.com.br/
http://www.cuidemais.com.br/